quinta-feira, 7 de outubro de 2010

PESQUISA DEMONSTRA QUE CÉREBRO DO HOMEM "DESLIGA" QUANDO DISCUTE A RELAÇÃO.

Uma pesquisa da Universidade do Sul da Califórnia (EUA), divulgada pela Revista Galileu, revela que, em momentos de estresse, as atividades e interações entre as regiões do cérebro ocorrem de maneira diferente entre homens e mulheres. A cena é típica. Durante uma discussão de relacionamento, o homem fica mais quieto, aparentemente ouvindo tudo o que a mulher fala. E como fala! Mas o silêncio e a cara de compreensão podem revelar que, na verdade, o homem está pensando em alguma outra coisa. Ou não está pensando em nada! Durante uma discussão, o homem deixa de prestar atenção ao detectar expressões de medo ou raiva no rosto da parceira, reduzindo sua atividade cerebral na região responsável por interpretar o sentimento alheio. Já nas mulheres, o que acontece é o contrário: a sensibilidade aumenta. “Essas são as primeiras descobertas que indicam que as diferenças entre sexos nos efeitos de estresse se estendem a uma das mais básicas transações sociais – processar a expressão facial de alguém”, diz a diretora do Laboratório de Emoção e Cognição da universidade, Mara Mather. A pesquisa foi realizada monitorando a atividade cerebral de 50 voluntários sob estresse ao se deparar com imagens de rostos com expressões irritadas e aborrecidas. Enquanto os homens reduziram a atividade cerebral, as mulheres aumentaram a coordenação entre regiões do cérebro usadas para interpretar emoções. Ou seja, quando confrontados com expressões de raiva ou irritação, o cérebro masculino ‘desliga’ e deixa de prestar atenção no que acontece ao redor. Está explicada aquela ‘cara de paisagem’ que ele faz na hora da briga?
Como é diferente o jeito de ser, pensar e agir do homem e da mulher! Quanta diferença expressa na reação de cada um, diante dos dilemas e pressões do cotidiano. Como homem, quantas vezes senti e experimentei esse “desligamento” no calor da discussão quando a mulher procura “discutir a relação”! Parece ser este um gesto de frieza e indiferença, mas não é isso. Ocorre que o aspecto pragmático que permeia a mente do homem o leva a refletir sobre o fato de que a discussão deixou de ser racional e frutífera, posto que já desandou para a fúria, o rancor ou a ira, e neste caso, perdeu-se a capacidade de julgamento e da análise mais sábia e consistente. Mas a mulher, geralmente, comporta-se reagindo ao que ela considera como frieza do parceiro e aí haja verbo, haja fala, haja grito, até. Enfim, expresso meu desejo de que homens e mulheres aprendam a não deixar que a relação deteriore por falta de diálogos – evitando discussões – e que o convívio de amor, respeito, doação e partilha aconteça e que, a despeito das diferenças que geram divergências, haja mais convergências que geram harmonia e paz!

sábado, 2 de outubro de 2010

UMA BREVE REFLEXÃO SOBRE ELEIÇÕES E PARTICIPAÇÃO DA IGREJA.

Estamos a algumas horas das eleições gerais brasileiras e segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE/2010), 135.804.433 eleitores aptos, incluindo neste total, 200.392 no exterior, irão às urnas e escolherão seis candidatos para ocuparem posições de liderança, tanto nas Assembléias estaduais e na distrital, na Câmara e no Senado, em cada governo estadual e no DF, bem como na Presidência da República. Como cidadão brasileiro voto há 40 anos e exerço meus direitos sempre de forma muito clara e decidida. Leio muito, procuro ver e analisar, a cada dia, as notícias e os informativos sobre economia e política. Como professor universitário e consultor de empresas sou confrontado, diariamente, sobre questões e problemas ligados a essas temáticas. Sei em quem vou votar e procuro analisar cada candidato segundo alguns critérios sobre posturas, história de vida, coerências, valores éticos e morais, capacidade de gestão e sensibilidade de olhar o outro, em especial o excluído e marginalizado, como uma pessoa, não como um objeto. Como pastor e dirigente de Igreja tenho, também, uma posição bem definida. Igreja não vota, não faz aliança política, não se envolve com política partidária, não apóia candidato. Creio ser inadmissível que, em nome da religião, cidadãos livres sofram pressões ideológicas, da mesma forma como não aceito e condeno a prática de os religiosos livres sofrerem pressões ideológicas. Se o estado é laico, entre nós, tornam-se incoerentes a existência de feriados santos, expressões religiosas nas cédulas de dinheiro, espaços e recursos públicos loteados entre segmentos religiosos institucionais. É lamentável e vergonhoso quando assistimos a cenas em que líderes espirituais emprestam sua credibilidade em assuntos de fé, servindo a interesses efêmeros e duvidosos, em termos de postulados ideológicos e valores morais. Votar é prerrogativa do cidadão, não da igreja. Por essa razão não votam os clubes de futebol, as associações de bairros, as instituições civis diversas; mesmo as filantrópicas não votam. Quem vota é o cidadão. Ademais, a Igreja é um espaço democrático, em que todos e todas, a despeito de gênero, raça, classe social e opção política convivem e professam sua fé. Na Igreja estão, lado a lado, homens, mulheres e jovens, não importando o partido político a que estejam, porventura, filiados, se de situação ou de oposição (centro, direita ou esquerda; liberal ou progressista); o que importa, é que ali deve haver um espírito de união, de solidariedade e de intensa comunhão, pois são da comunidade de fé. A Igreja que se envolve e se compromete com uma candidatura específica ou faz uma aliança partidária, direta ou indiretamente, rejeita e marginaliza aqueles fiéis que fizeram opções diferentes. Há um agravante histórico, quando religião e política se misturam. A mistura entre religião e política é responsável por terríveis males na história da humanidade. Muitos foram os crimes cometidos pelos religiosos, mas certamente matar em nome de Deus, é o maior deles. E o que deve fazer a Igreja? A Igreja tem um papel e é profético. Devemos elogiar e enaltecermos os feitos do governo que minimizam as dores e as mazelas sociais, as políticas públicas que proporcionem transformações sociais efetivas e conduzam ao desenvolvimento integral do ser humano. Mas quando a autoridade governamental se corrompe e não cumpre seu papel institucional a igreja deve se manifestar e condenar tal prática. A Igreja não deve estar ao lado do governo, ou contra este. A Igreja não é governo, nem oposição a ele. Mas todo cristão é, também, cidadão, logo deve exercer sua cidadania à luz dos valores do Reino de Deus e da ética cristã, envidando seus esforços para, de forma solidária, engajar-se na promoção de movimentos sociais que promovam justiça, paz e bem estar social. Domingo é dia de eleição e comparecer às urnas é um ato imperioso e intransferível de cidadania responsável, principalmente por ser uma oportunidade única de cooperar na construção de uma sociedade brasileira mais livre, economicamente mais igualitária e socialmente mais justa!Que Deus nos abençoe e ilumine quanto a discernir e a decidir; e que, em tudo, cumpra-se Sua vontade! (Este texto está sendo, também, publicado em http://ministerioscomgraca.blogspot.com/ ).

domingo, 18 de julho de 2010

FAXINEIRO DEVOLVE US$ 50 MIL ESQUECIDOS POR HÓSPEDE EM HOTEL.

Foi destaque na BBC Brasil (13/07/2010) esta notícia escrita por Syed Shoaib Hasan, da BBC News em Karachi, Paquistão:
“Um faxineiro de um hotel no Paquistão foi destaque na mídia local e receberá um prêmio depois de recolher e entregar US$ 50 mil (cerca de R$ 87 mil) em dinheiro vivo deixados em um quarto por um hóspede.
Essa Khan, de 51 anos, encontrou o dinheiro, em notas de US$ 100, no quarto de um trabalhador japonês no Serena Hotel em Gilgit, na província de Punjab. Khan, que ganha o equivalente a pouco mais de R$ 400 por mês, disse que nunca pensou em ficar com o dinheiro. Ele foi convidado pelo governo estadual para receber um prêmio por sua honestidade.“Meu dever é para com o hotel e minha educação familiar me ensina nada mais”, disse. “Os tempos são difíceis para todos, mas isso não significa que nós deveríamos começar a roubar e tomar coisas que não nos pertencem.”
Khan, que tem cinco filhos, disse esperar que o incidente ajude a promover a imagem de seu país. O governo paquistanês vem sendo alvo de várias acusações de corrupção.“Eu quero que as pessoas ao redor do mundo saibam que há muita gente boa no Paquistão – não são todos terroristas aqui”, disse.
O gerente do hotel, Rajid Uddin, disse à BBC que houve outros casos parecidos onde itens perdidos foram devolvidos, mas nunca “nessa magnitude”. Ele disse que o hóspede ficou aliviado quando o dinheiro foi encontrado. “Ele estava naturalmente muito preocupado já que não conseguia descobrir onde havia perdido o dinheiro”, disse Uddin. Khan afirmou que recebeu um prêmio do hotel, e que o governador de Punjab, Salman Taseer, lhe deu os parabéns e o convidou para participar de uma cerimônia em Lahore.”

Ainda há esperança!
Quando vejo ou leio sobre comportamentos e atitudes como esta, alegro-me muito. Sei que os valores que a sociedade capitalista vem impondo a todos nós, são contrários a essa atitude do faxineiro paquistanês, posto que -para muitos - ele foi um otário e deveria sim ter-se aproveitado da situação e ficado com todo o dinheiro. Afinal, ele, um simples faxineiro, ganhando um salário de “fome”, precisava muito de algo assim, um verdadeiro “milagre”! Como se dinheiro esquecido não tivesse dono!
Nada há na notícia sobre crenças ou valores religiosos. Mas há, implicitamente sobre espiritualidade e ética de vida. Isto me pertence, então é meu! Defenderei meus direitos e por eles irei até o fim, resguardando os meus direitos, sem ferir os do outro. Mas isto não é meu, não me pertence, então, é de outro. Mesmo tendo encontrado, não é meu. De quem é? É seu? Então, resta-me devolver! Simples, assim mesmo!
Jesus se posicionou sobre isto diversas vezes, mas há uma citação em Mt 7.12, que é considerada a regra áurea da Bíblia e que reflete bem a posição de Jesus:”Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles; porque esta é a Lei e os profetas”. Desejo que me valorizem, então, preciso valorizar o outro. Desejo que me respeitem e que respeitem meus direitos, então, devo respeitar o outro. Desejo que as pessoas sejam éticas, honestas e verdadeiras comigo, então, devo ser ético, honesto e verdadeiro para com elas. Você deseja que façam o bem a você, experimente fazer o bem! Simples....muito simples, assim!

quinta-feira, 10 de junho de 2010

AS DORES DE CADA UM: PESQUISA CONSTATA QUE QUASE 1/3 DOS PAULISTANOS VIVEM COM DOR

Matéria de Rachel Botelho publicada na Folha de S.Paulo, nesta data, relata o resultado de uma pesquisa médica com o seguinte teor:
“Muita gente acha que o desconforto é normal e não busca ajuda o que torna o problema crônico, diz especialista. Pernas e costas são as áreas mais atingidas, segundo a primeira pesquisa desse tipo realizada na cidade. O primeiro levantamento epidemiológico sobre dor na cidade de São Paulo mostra que 28,1% dos moradores convivem com o problema há mais de três meses. O número, próximo ao divulgado pela Organização Mundial da Saúde (30%), surpreendeu a coordenadora do trabalho, Maria do Rosário de Oliveira Latorre, professora da Faculdade de Saúde Pública da USP. "Achei que teríamos uma taxa maior do que a mundial, porque em Salvador ela é mais alta. Mas o dado é muito grave", afirma.
Ser mulher, estar acima do peso, ter entre 45 e 64 anos e baixa escolaridade são, isoladamente, os fatores mais associados à dor crônica. Os pesquisadores ouviram em 2008 uma amostra de 2.446 pessoas com 18 anos ou mais, representativa dos moradores da cidade.
"A população acredita que a dor faz parte da vida e do envelhecimento, por isso demora para buscar assistência especializada. Isso pode tornar a dor crônica", afirma Fabíola Peixoto Minson, diretora da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor. "A dor tem que ser vista como doença, porque deixa a pessoa sem dormir bem, faz com que ela se isole socialmente e traz prejuízo no humor. O que debilita a vida é a dor", completa.
O coordenador do centro de dor do Hospital Nove de Julho, Claudio Corrêa, tem uma explicação para as mulheres sofrerem mais. "Uma só doença (que causa dor), a fibromialgia, atinge 2% da população, e são dez mulheres para cada homem. E há as doenças provocadas por mudanças hormonais, que são muito importantes na faixa dos 45 aos 64 anos, como osteoporose e enxaqueca. Essa é, talvez, a dor mais prevalecente, e ela atinge bem mais mulheres", afirma.
Segundo o levantamento, os membros inferiores e as costas são as duas regiões mais afetadas.
"Doenças crônicas, como o diabetes, em fases mais avançadas, trazem dores nos membros inferiores. Artrite e artrose afetam as articulações que têm sobrecarga, como os joelhos, e atingem mais pacientes a partir dos 40, 50 anos", diz Corrêa. “

Alguns detalhes na reportagem me chamaram a atenção: o sentimento de “conformação” que segundo a pesquisa parece dominar os que sentem dor, e que a entendem como normal, porquanto "a dor faz parte da vida e do envelhecimento". Nada mais equivocado e triste! Pessoas que sentem dor e que não reagem, fazem com que a dor se torne crônica e traga muita tristeza e sofrimento. Isso me traz à memória os ensinos do apóstolo Paulo, em Rm 12. 1- 2, quando, após ter rogado (suplicado) para que nos apresentemos, a nós mesmos, em toda a integralidade, com nosso corpo como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, como nosso culto racional, sejamos levados a não nos conformar (amoldar) ao padrão deste mundo, mas que devemos nos transformar pela renovação de nossa mente, para que sejamos capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
Muitos são os que se deixam influenciar pelos que sentem dor e até potencializam. Mas os que crêem, os que depositam fé no Senhor devem fazer o contrário. Em Cristo é certo que a boa, agradável e perfeita vontade de Deus é a de que a dor, tanto física quanto existencial e espiritual, seja minimizada pela ação benéfica e eficaz da fé que sabe que Deus cura doenças e enfermidade. Ademais o Senhor constituiu médicos, enfermeiros e os profissionais de saúde para serem agentes da cura e da minimização das dores e do sofrimento. A fé cura, o uso contínuo de medicamentos, segundo orientação médica, também promove a cura. Use um ou outro, mas use. Ou melhor, sendo possível, e se você tiver fé, use ambos. A cura certamente acontecerá. Pense nisso, não se conforme com a situação e mude sua história de vida. Renove sua mente, transforme a si mesmo e a sua realidade.  A boa, agradável e perfeita vontade de Deus é a de que Seus filhos não sintam dor, em forma crônica e definitiva! Se você se enquadra entre os que sofrem, experimentando dores crônicas, pare de sofrer! Não permita a dor se transformar em algo definitivo e crônico. Mude sua história e sinta a alegria de viver, sem dor!

sexta-feira, 28 de maio de 2010

CIÚMES: DA "NORMALIDADE" AOS TRANSTORNOS DOENTIOS.

Quanto já se escreveu sobre esse sentimento que se, por um lado, pode promover a “liga” da relação, por outro, pode conduzir ao “desligamento” de tudo, posto que traz insegurança, discórdia, inimizades e rupturas! Detenho-me hoje a divagar sobre este tema na expectativa, obviamente, não de esgotar o assunto, mas de contribuir para que, novamente, seja o ciúme colocado na pauta de discussão. Matéria publicada no site Opinião e Notícias, postada por Fernanda Dias em 03/01/2010 evidencia algo sobre ciúmes e seus transtornos que julgo bastante interessante. Vamos ao conteúdo da matéria:
“No início do relacionamento tudo são flores, até que ele vem chegando devagarzinho, aparecendo em pequenas situações corriqueiras e, de repente, vira motivo de brigas frequentes e acaba colocando em risco o romance que parecia tão promissor. Definido como tempero do amor, o ciúme pode até mesmo virar doença e estragar a vida de quem sente e a de quem é objeto desse sentimento. O psiquiatra Eduardo Ferreira - Santos autor dos livros Ciúme – O medo da perda e Ciúme – O lado amargo do amor, defende que, embora seja muito comum, o ciúme não pode ser considerado normal, no sentido de saudável, pois sempre revela uma fragilidade pessoal: “Desde uma personalidade insegura até mesmo um transtorno obsessivo-compulsivo podem estar atrás de uma manifestação de ciúme, de posse, de medo de perder alguém ou de ser passado para trás”, ressalta. O grau de ciúme e o nível de autoestima estão estritamente ligados para a estudante de Comunicação Social Regina Luft, de 23 anos. Ela revela que, quando está bem consigo mesma, um fato que certamente geraria dor de cabeça para o casal acaba virando motivo de piada: “Teve uma vez que uma menina deu mole descaradamente para ele, quase o agarrou, e eu ri da situação. Na hora, ele me olhou apreensivo, já esperando por uma reação desconfortável e eu fiquei debochando. Mas, isso aconteceu porque eu estava muito bem, me sentido bonita, com autoestima alta. Quando estou para baixo, pequenas coisas são motivo para eu ter crises de ciúme”, relata Regina. Segundo o psicólogo e especialista em dificuldades do relacionamento amoroso, Thiago de Almeida, o ciúme pode aparecer como efeito colateral de alguma fase no trabalho ou até mesmo da administração de um medicamento que cause aumento temporário de ansiedade, pois tal sentimento está relacionado com insegurança e ansiedade. Mas, quando a frequência desse comportamento passa incomodar a dinâmica do casal é sinal de que algo está errado: “Por exemplo, telefonemas excessivos percebidos por quem os recebe pode indicar uma anormalidade. Quem os faz sempre alegará zelo, preocupação, manutenção da relação, ou seja, não reconhecerá qualquer comportamento desviante”. Ferreira-Santos explica que, em situações extremas, a pessoa perde totalmente o contato com a realidade e aquilo que é apenas uma fantasia derivada do medo se transforma em uma realidade delirante. Nesses casos, a pessoa não apenas desconfia do outro, mas tem uma certeza de que está sendo traído sem nenhuma evidência concreta. Independentemente de as evidências serem reais ou imaginárias, em muitos casos, o ciumento acaba partindo para a agressão para defender “o que é seu”. Foi o que aconteceu em meados de setembro, quando o ex-deputado pelo Mato Grosso do Sul Pedro Pedrossian entrou na sala de aula do professor de filosofia da UFRJ André Martins e o agrediu a socos por ciúme da mulher Ana Cássia Nogueira Vieira, de 25 anos. Segundo Ferreira-Santos, o ciumento teme que, de alguma forma, possa perder o controle sobre a pessoa que julga ser sua propriedade única, exclusiva e eterna. “O elemento principal aqui é o sentimento de exclusão”, afirma ele. O ciúme pode prejudicar tanto um relacionamento que até mesmo o parceiro passa a sofrer psicologicamente. Em junho deste ano, um crime aparentemente passional chamou a atenção do país: Alessandra D’ávila, de 35 anos, matou o marido, o empresário Renato Biasotto, no apartamento que eles moravam em um edifício de luxo da Barra da Tijuca. À Rádio CBN, Eduardo Pedrosa, que estava com o casal antes do crime, disse que Renato era obcecado pela mulher e que a causa do crime deve ter sido ciúme. Na véspera do assassinato, Alessandra participou de uma comemoração de Dia dos Namorados com um grupo de amigos e publicou as fotos do encontro no site de relacionamentos Orkut. “A pessoa ciumenta, que apresenta transtornos ou de personalidade ou neuróticos, pode, a partir de uma simples desconfiança desenvolver um quadro de intenso sofrimento psicológico para si mesma e para o outro, tomando atitudes agressivas e desmedidas que, no limite, podem chegar aos chamados “crimes passionais”, afirma Ferreira-Santos. O especialista explica que o ciumento sente-se ameaçado por uma terceira pessoa com a qual, consciente ou inconscientemente, entra em uma competição e se julga inferior a ela. “É só lembrar a famosa peça do Nelson Rodrigues Perdoa-me por me traíres em que fica clara a situação de inferioridade na qual se coloca a pessoa que julga que seu parceiro possa encontrar alguém melhor do que ele, seja para uma relação estável (medo da perda), seja para uma relação sexual eventual (medo de o seu próprio desempenho sexual ser insuficiente para satisfazer o parceiro)”.
Segundo Ferreira-Santos quatro são os tipos de ciumentos:
Zeloso – O zeloso tem no zelo a verdadeira prova de amor, pois é um sentimento altruísta, voltado para o bem estar do outro, acompanhado de carinho e afeto pela verdadeira possibilidade do outro ser na vida.
Enciumado – O enciumando é aquele que, em uma situação eventual, entra em contato com sua própria insegurança perante a presença de um terceiro que, de fato, apresente alguma ameaça aos seus valores pessoais. É um estado transitório e deve ser trabalhado dentro de si mesmo e com o/a parceiro/a, reconhecendo que se está com ele/ela é porque há muitas outras características que o/a tornam realmente querido/a.
Ciumento – O ciumento é, geralmente, uma pessoa possessiva, insegura de si e de seus valores, que imagina ser passível de abandono ou traição. Vê em qualquer ação independente de seu companheiro uma ameaça à relação e sofre imaginando que pode ser traído ou abandonado devido à sua insignificância.
Delirante – O ciumento patológico ou delirante é aquela pessoa que apresenta um real transtorno mental, no nível físico, cerebral (tipo arterioesclerose, esclerose alcoólica, demências em geral) que acredita delirantemente que o outro possa abandoná-lo ou traí-lo. É a chamada “Síndrome de Otelo”.
O ciúme é sentimento comum entre os que amam. Mas devemos estar atentos, nós que amamos, com os estágios desse sentimento: nos dois primeiros tipos, a pessoa situa-se como zelosa e enciumada, tudo muito "normal" e até, aparentemente, saudável. Mas quando se chega ao terceiro e quarto estágio, a tipologia se altera, posto que se tem a pessoa possessiva e insegura, com transtorno mental (o ciumento) e a delirante, em que o ciúme já adquire contornos patológicos, então, já é o caso de acompanhamento e tratamento médico. Livra-nos Senhor, meu Deus, destes, posto que nos ensinas que devemos amar sim, mas sem ferir o/a outro/a, sem subjugá-lo/a ou sufocá-lo/a. Amar é saber acolher o outro, em suas falhas e limitações, reconhecendo-nos, também, incompletos e limitados. Mas, em Deus, na dimensão infinita do Seu amor, o homem se completa e se realiza com a mulher, e vice-versa. Minha oração, neste momento, é para que homens e mulheres aprendam a se amar mais,  a confiar mais um no outro, a zelar um pelo outro, mas sem se deixar impregnar pelo sentimento do ciúme que corrói e destrói, quase sempre, de forma irreparável.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

HOMENS, MULHERES E SUAS MENTIRAS. QUEM MENTE MAIS?

Resultado de pesquisa publicado pela BBC Brasil em 19/05/2010  revela que homens  mentem mais e com menos culpa que mulheres. A pesquisa  analisou os depoimentos de três mil britânicos  e concluiu que homens têm maior propensão a dizer mentiras e se sentem menos culpados em mentir do que mulheres.
O estudo indicou que cada homem britânico mente em média três vezes por dia, o que equivale a 1.092 mentiras por ano. Já as mulheres parecem mais honestas: segundo a enquete, as britânicas mentiriam em média duas vezes por dia, ou 728 vezes por ano.
A pesquisa foi encomendada pelo Museu da Ciência (Science Museum), em Londres, para marcar a inauguração de uma nova galeria. Chamada "Who Am I?" (em tradução livre, "quem sou eu?"), a nova galeria é dedicada às ciências do cérebro, genética e comportamento.
Segundo os depoimentos, a pessoa a quem o britânico tende a contar mais mentiras é sua própria mãe. Um quarto dos homens (25%) admitiu ter mentido para a mãe, em contraste com apenas um quinto (20%) das mulheres. Mentir para o parceiro ou parceira, no entanto, parece menos comum entre os britânicos: apenas 10% admitiram fazer isso.
Perguntados sobre o tipo de mentira que contam com mais frequência, os homens entrevistados disseram que a mais comum é dizer que não beberam muito. Entre as mulheres, a mentira mais comum é a clássica "está tudo bem", usada com frequência para esconder seus sentimentos.
As mulheres se revelaram mais propensas a sentir culpa após dizer uma mentira: 82% delas disseram que a mentira pesa em sua consciência, em contraste com 70% dos homens.
Existe uma mentira aceitável? A maioria, 82%, acha que sim. Por exemplo, mentir para proteger alguém é perfeitamente aceitável para 71% dos entrevistados. E 57% disseram que mentiriam a respeito de um presente de que não gostaram para não ofender quem lhes presenteou.
Com relação à qualidade da mentira, 55% dos britânicos entrevistados acham que as mulheres contam mentiras melhores, embora mintam menos.
Uma das curadoras do Museu da Ciência Katie Maggs, disse que não há consenso sobre possíveis origens genéticas, evolutivas ou culturais da mentira. Segundo a curadora Maggs: "Mentir pode parecer uma parte inevitável da natureza humana, mas também tem um papel importante nas interações sociais".

Meu olhar de economista me conduz ao entendimento que as coisas se passam assim mesmo. Cada um, imerso em seus próprios interesses, mente ao outro e isto parece, a todos, sobremaneira comum e desta forma fica banalizado. A verdade é sempre relativa e é fruto dos múltiplos olhares que existem a nos confrontar, a cada instante, e que refletem exatamente o estágio atual do processo civilizatório.
Meu olhar de pastor não desfaz o outro olhar, mas compreende que esse processo precisa ser conduzido de forma mais ampla, posto que outros valores, os que herdamos de Cristo nos levam a outro entendimento,e esses ensinamentos estão na Palavra de Deus: "O Senhor odeia os lábios mentirosos, mas se deleita com os que falam a verdade"(Pv 12.22): ..."Quando mente (o diabo), fala a sua própria língua, pois é mentiroso e pai da mentira (Jo 8.44 c); "Não mintam uns aos outros, visto que vocês já se despiram do velho homem com suas práticas e se revestiram do novo, o qual está sendo renovado em conhecimento, à imagem de seu Criador" (Cl 3.9,10).

domingo, 16 de maio de 2010

MULHERES TÊM MAIOR NOÇÃO DE ESPAÇO DO QUE OS HOMENS.

Matéria publicada na Folha de S.Paulo de 11/05/2010 apresenta resultado de uma pesquisa em que fica demonstrado que mulheres têm maior noção de espaço do que os homens, posto que na hora de encontrar o caminho certo, elas se saem muito melhor do que os homens. Será verdade? Olha que, como homem, interessei-me pelo assunto, principalmente por reconhecer, de imediato, certo sentido na matéria. Sei que em muitos - e são mesmo muitos - assuntos e aspectos de nossas vidas, vejo maior percepção e maior clareza nas ações e nas reações de mulheres, quando as comparo com as dos homens, as minhas, inclusive. Mas, vamos ao conteúdo da notícia veiculada pelo jornal.

Que GPS que nada! Se antes as mulheres carregavam a imagem de ter menor noção de espaço e senso de direção do que os homens, agora a ciência veio provar o contrário.
Um estudo realizado pela Universidade do México mostrou que as mulheres são mais rápidas do que os homens, quando o assunto é localização. Para chegar a esta conclusão, os cientistas observaram um grupo de 1000 pessoas, 500 homens e 500 mulheres, que receberam como tarefa, a simples missão de achar a saída de um labirinto de espelhos em um parque. Cada participante tinha atrelado a si um GPS e um medidor de batimentos cardíacos. Tantos os rapazes quanto as garotas tinham o mesmo tempo, 5 minutos, para acharem a saída. Depois de testar os 1000 participantes, os médicos constataram que em média, as mulheres encontraram a saída do local 4 minutos antes dos homens e, apenas 30% delas recorreram ao GPS para se localizar na casa de espelhos. Segundo os especialistas, os resultados comprovam que as mulheres desenvolvem uma intuição melhor que a apresentada pelos homens e isso contribui para a melhor percepção de espaço delas. Como a intuição dos homens é menor, eles acabam demorando mais para encontrar a solução de problemas não só nos casos de localização do espaço físico, mas em outras situações do cotidiano.